Thursday, December 14, 2023

(...) ousemos ser


 (...) ousemos ser


não seriamos mais apenas a escolha do oficio 

mas sim, a magna personalidade que resplandece


não seriamos mais a vontade desmedida

mas sim, a perene empatia (desejo à ti o que desejo à mim) 



não seriamos mais a eloquência vazia

mas sim, a fala assertiva, acolhedora


não seriamos mais o consumo desmedido

mas sim, a mão que acaricia, compartilha



não seriamos mais o desinteresse atroz

mas sim, a volúpia do saber...


apenas ousemos ser...






Wednesday, August 24, 2022

(in) memorian !

 

Tantas convicções serão desfeitas após o cadafalso, não haverá verdade duradoura;   desmentidos, apenas os atos serão passiveis de memória.

Não lhe interessara mais os comentários alheios das redes (in) sociais, nem o som dos “tak tok”, mas sim, o som das árvores , do mar e do vento, como seria se os sons fossem apenas da natureza?!

Wednesday, December 29, 2021

Sky.s!


 

Candy ‘says’!

 

És o cálice que embebeda de afeto

nutre com a beleza das mãos

esguia e densa

imprópria ao vulgar

 

És palavra que cativa

distância arqueada, sombria

Companhia, refugio

Tempo perene

 

És plácida luz que eleva o dia

Vento que acolhe

Paz que semeia

És poema, és beijo...

 

Monday, January 11, 2021


 

Em sombra que de ti se projeta:

 não há mais agressão e dor

medo e argumentos falíveis

desterro e fim precoce

que os fantasmas dancem...



Monday, November 30, 2020

Hora (s)

 Tenho guardado hora (s) em gavetas de fundo falso, cômodos vazios, e esperanças inacabadas, os amigos são de gelo e aquelas páginas ainda circunscritas. Só se tem paz em um céu que se pinta com as mãos vazias de ego e afetação. 

Friday, November 20, 2020

Com você abstraio o fútil

 Pensar sobre as inconstâncias que nos cercam, os próprios escombros ainda escondidos, obscurantismos renascidos, sobre a necessidade latente da desculpa e do perdão, além de erros apressados de revolta, talvez seja uma das tarefas mais difíceis dessa vida.

 O arrependimento em si só não basta, é preciso força e ação em potencializar o que há de mais puro em si, o amor à si próprio, mesmo sentindo na pele como poderá ser doloroso saber que se usará tudo o que sabe-se sobre ti como arma para o ressentimento, se assim for, terás a certeza que nunca foi amor...

 Se ainda cativas ódio, repulsa em ti, não tens tomado consciência que deves ser paz em sua plenitude...

Se assim ainda o faz, isso o tornará tão impuro quanto seu algoz.

Quando incorporo o que não quero em mim; minha culpa, só minha.  O início da mudança é o reconhecimento da própria incapacidade. 

 

Naquela noite quando lhe disse: estou aquém de tanto o que deveria ser e sentir, agir e abstrair, você reaparece e me diz que agora me dará suas mãos, já me sinto outro, sempre serei outro com você!

Só quero abster-me de tudo o que não é amor, tudo, expropriar de uma vez por todas todo amargo, fugaz e tóxico...

Você reaparece  sempre em momentos de céus tortuosos, escuros e sem cor, deixa tudo como deve ser; abstrair e sentir...

Thursday, August 20, 2020

Coisas em si

Será que as coisas têm vida?

Ainda assim, no inacabado esboço solar, sem exatidão do tempo, sigo...
Só por hoje, deixei aquém de mim:

A toxicidade do medo, das coisas vazias em vida, das coisas em si e não por mim

 

Deixei coisas que não encantam manhãs nem sombras, coisas dispersas de mim, que não são aparentes ao céu que me ‘cobre’

Deixei toda a incerteza que agride, macula e indispõem

Deixei os vultosos desprazeres de um tempo incomputável, da amizade débil e dependente

Deixei encantamentos e rimas fáceis, vida sem cor, sem sonho
Deixei os ventos que não entoam notas na face

A vida se esparrama em nós, por todas as horas e coisas que tocamos
Terás algo de ti em tudo, tudo o que tocas, ouves ou sentes...

 

 

 

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